terça-feira, 25 de setembro de 2007

Gastando aquelas boas horas de sono lendo diversidades na internet - fazia tempo que não fazia isso - li um comentário a respeito da campanha que o Estadão (link) fez e não deu tanta importância aos blogueiros - há divergências sobre a real intenção da nova campanha.

"...O normal cansa, o normal é perigoso (eu tenho medo de pessoas “normais”), o normal já ficou antigo. A verdade não está na normalidade..."

Quem realmente me conhece já deve ter ouvido ou percebido que tenho a mesma linha de raciocinio... sim, isso quer dizer que prefiro ser o que tacham de diferente por aí.

Normal: adj 1. Conforme à norma. 2. Exemplar, modelar. 3. Habitual, natural.

Que exemplo ou modelo da nossa sociedade podemos hoje classificar como normal?

Wikipedia diz que:
Normalidade é um estado padrão, normal, que é considerado correto, justo sob algum ponto-de-vista. É o oposto da anormalidade. A normalidade muitas vezes se dá por conta de uma maioria em comum, sendo anormal aquele que contraria esta maioria. A normalidade também se dá por um resultado padrão ao realizar uma operação com alta probabilidade de se repetir.

Ai eu fico com a anormalidade, quer coisa melhor que não ser parte do senso comum, poder inventar, ser estranho, ir contra a maioria?

Considerado correto??? Correto na concepção de quem??? |Da sociedade que insiste em nos dizer coma isso, vista isso, fale isso, use isso?


"O livre pensamento de uma era é o senso comum da próxima."
-- Matthew Arnold

domingo, 23 de setembro de 2007

O que você faz por livre e espontânea vontade?





"... e entao nao era possivel controlar a sensação que dominava seu corpo...

não conseguia mexer as mãos, não sentia seus braços...

não conseguia ouvir sua voz, por mais que tentasse gritar...

a dificuldade para respirar parecia ao poucos se tornar uma atividade normal para seu corpo...

no fundo ouvia pessoas que pareciam não se importar com que estava acontecendo...

mas se lembrava perfeitamente da hora em que chegou perante aquilo que lhe permitia deixar todo seu cansaço de lado e sua mente viajar para bem longe...

foi então que uma luz se acendeu, bem no canto do local onde repousava a cabeça...

era o maldito celular que despertava às cinco e meia...

Ela pensou: HORA DE IR TRABALHAR, SACO!!"



...dominar, sentir, gritar, respirar, importar, viajar, trabalhar...

O que você faz por livre e espontânea vontade??


*Não tente nem procurar a linha de raciocínio...!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Já se arriscou hoje, mente quieta???





Encontrei esse texto em mais uma busca no google - sim eu faço muitaaas buscas, mas não procurava por isso - ... logo abaixo coloco meu ponto de vista... mesmo extenso muito interessante...

"Um aluno subversivo

Por um fio

Alexandre Calandra

Há algum tempo, fui procurado por um colega que me perguntou se eu estaria disposto a ser árbitro numa disputa com um aluno de física num exame final. Ele queria dar nota zero na prova, enquanto o aluno insistia que deveria receber nota dez se o sistema fosse justo. O professor e o aluno concordaram em submeter a questão a um árbitro isento, e eu fui escolhido.

Fui à sala do meu colega e li a questão: "mostre como é possível determinar a altura de um prédio de vários andares com o auxílio de um barômetro."

O estudante havia respondido: "leve o barômetro ao topo do edifício, amarre um fio e deixe o barômetro descer até o chão. Traga-o para cima medindo o comprimento do fio. O comprimento do fio será igual à altura do edifício".

Eu disse ao meu colega que o aluno tinha razão de exigir a nota máxima, pois tinha respondido a questão correta e completamente. Por outro lado, a nota dez indicaria uma alta competência em física, o que não parecia ser o caso. Sugeri então que fosse dada uma nova oportunidade ao aluno. Meu colega concordou mas, surpreendentemente, o aluno reagiu. Afinal, aceitou, e dei a ele seis minutos para uma nova tentativa, não sem antes alertá-lo de que a resposta deveria demonstrar algum conhecimento de física.

Ao final de cinco minutos o aluno não havia escrito nada. Perguntei-lhe se queria desistir e ele respondeu que não. Disse que tinha várias respostas ao problema e estava pensando qual delas seria a mais adequada. No minuto seguinte, escreveu a resposta: "leve o barômetro ao topo do edifício. Deixe o barômetro cair, cronometrando o tempo que leva para atingir o solo. A altura do edifício é a aceleração da gravidade vezes o quadrado do tempo que o barômetro levou na queda livre."

Perguntei então ao meu colega se ele queria desistir. Concordou e dei ao aluno nota oito.

Saindo da sala, lembrei-me que o aluno havia dito que tinha outras soluções para o problema e quis saber quais eram.

"Bem", disse ele, "há muitas formas de se conseguir medir a altura de um edifício alto com ajuda de um barômetro. Por exemplo, você poderia pegar o barômetro em um dia ensolarado, colocá-lo de pé, e medir a sua sombra. Depois medir a sombra do edifício e, através de uma simples regra de três, concluir a altura do edifício."

"Muito bem", disse-lhe," e as outras?"

"Sim, tenho uma solução que vai agradá-lo. Comece a subir as escadas marcando na parede o tamanho do barômetro. Quando chegar ao topo conte quantas marcas fez na parede e terá a altura do edifício em unidades de barômetro. Depois é só multiplicar pela altura do barômetro. Um método bastante direto. E se você quiser um método mais sofisticado, é só amarrar o barômetro com um fio, balançando-o como um pêndulo e determinar a aceleração da gravidade ao nível do solo, depois repetir a operação no topo do edifício. Pela diferença de g você pode, em princípio, determinar a altura do edifício. Há muitas maneiras de medir a altura do edifício, talvez a melhor seja ir ao subsolo e procurar a sala do síndico. Bata na porta, e quando o sindíco atender, diga-lhe: Senhor síndico, eu tenho aqui um excelente barômetro. Se o Sr. me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro."

A estas alturas, perguntei ao aluno se ele realmente não conhecia a resposta convencional a este problema. Ele confessou que sabia, mas estava cansado de professores que queriam ensiná-lo a pensar usando o enfoque científico de uma forma padronizada, explorando as soluções de forma previsível, ao invés de ensinar a estrutura dos assuntos abordados. "

Alexandre Calandra é membro do Departamento de Física da Universidade Washington, St. Louis, Missouri. Este artigo foi extraído do seu livro "The Teaching of Elementary Science".

Considero isso um ótimo exemplo de uma inquieta mente...

Pessoas que não se deixam levar pelo convencional, que não procuram outras alternativas, outros caminhos, podem passar a vida sem saber ou experimentar coisas melhores... sensações únicas e que elevam nossa alma, nossa mente a um patamar diferente do estabelecido pela sociedade em que vivemos...
E essas que se adaptam ou tomam forma dependendo de onde estão, talvez façam parte desse grupo que cito... a difícil tarefa de manter sua personalidade e nao se camuflar para que nao lhe ataquem irrita e irrita muito... mentes quietas!!

Já se arriscou hoje???

* nao tente nem procurar a linha de raciocínio...!


no fim do dia fica quieta... um pouco!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

não existem apenas inquietas mentes...

Quem ja ouviu falar sobre a SINDROME DAS PERNAS INQUIETAS?
Descobri isso quando o tão utilizado Google resolveu distorcer as buscas... e ai já viu...
Achei interessante e de repente poucas pessoas saibam que sofrem desse mal!
SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS (RLS)
O QUE É?
Uma irresistível necessidade de movimentar os membros inferiores, acompanhada de sensações de arrastamento das pernas. Estes sintomas causam grande dificuldade para os indivíduos acometidos por essa síndrome, já que esses movimentos de perna causam despertares, resultando assim na redução no período de sono (MONTPLAISIR et al., 1994).

Ai me vem aqueles pensamentos sem explicações... penso nos idosos...
Na terça, qdo estava começando a ficar sonolenta indo embora no tão bom Transporte Público de São Paulo, uma senhorinha de uns 70 anos sentou ao meu lado e não se importou se eu estava disposta e "acordada" para conversar, desatou a falar e falar...
Me ocupou os trinta minutos restantes da viagem... mas fiquei com vontade de levá-la para casa...
Ela começou a falar sobre a bondade das pessoas na rua, mas não demorou para mudar de assunto e falar sobre suas filhas e a ingratidão por parte delas... Contou brevemente sobre o derrame que teve há 11 anos e sobre o marido que havia perdido... cancêr...
e isso era o que mais doía e as lágrimas vinham facilmente, mas nao estava preocupada em segurá-las... ela ao mesmo tempo que parecia nao ter significado nada para ninguem - alem de seu marido que ate os 60 anos insistia em namorá-la! - parecia satisfeita por ter sido alguem apenas para ele...

E ai volto a pensar... amor que sobrevive por anos e anos... será que se pode entrar nessa fila?

* nao tente nem procurar a linha de raciocínio...!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A mente inquieta...


... aqui será uma extensão das minhas idéias, pensamentos, divagações que saíram de um local imenso (minha mente inquieta - percebe-se...) e bastante usado para este blog...
É provável que não entenda sobre o que vou me referir em alguns textos, mas não tente entender...

"Viver ultrapassa qualquer entendimento" Clarice Lispector