quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vazio.

Era assim que o vaso estava todos os dias, vazio.
Ela, a Menina, passava em horários diferentes, mas ele continuava vazio.
Nunca se deu ao trabalho de chegar mais perto, de ver o que fazia com que o vaso continuasse lá.
Tempestades e trovões. Chuvas e granizos. Sol e dias claros. Não importa.
Sem que Menina percebesse o vaso recebia pequenas doses de água.
Doses de conta-gotas. Mas doses existentes.
Talvez não aos olhos simples e apressados de Menina.
Mas são doses insignificantes.
Luta diária pouco significante.
Menina não percebia que assim acontecia em seu coração.
Vazio como o vaso.
Recebendo pequenas doses de amor.
Doses de amor, que por enquanto, são insignificantes.
Pouco significam.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

irritação.



Ai, vai dizer que você não fica irritado? Nunca? Então devo dizer: azar o seu!

Irritação, para mim, é um modo do nosso corpo mostrar que estamos vivos, que estamos reagindo às interações que o mundo faz a todo instante.

É lógico que estou irritada agora. Mas não importa a razão, o motivo. Às vezes estamos irritados e pronto.

Ah, seja o barulhinho chato de alguém digitando ao seu lado. Seja a música que está rolando no último volume no vizinho. Seja o cara tossindo no elevador. Seja o ônibus cheio das 8h da manhã. Seja o seu amigo que hoje está falando além da conta. Seja o macarrão que hoje não ficou bom. Seja a roupa que você queria usar, mas não pode porque está suja. Seja porque tem que acordar cedo, todo dia. Seja porque está muito calor ou porque está muito frio.

Não importa o motivo. Acho que todos temos o direito de ficar irritado, mas não dá para abusar. Estar irritado é uma coisa, sair descontando em todo mundo é outra bem diferente.

Uma coisa que irrita sempre é o dia ter só 24h. Ai fica dificil, eu sei que faça o que quiser fazer, nada muda isso...

*crédito imagem: ciifka

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ALGO IN MIND

Sabe aqueles momentos em que não sabemos a hora exata de mudar? Pode ser mudar de atitude, mudar de rumo, mudar de ares, mudar de situação. Mudar. Não vou fingir que sou assim desapegada e que mudo sempre que quero e toda vez que a situação exige, mas tenho consciência de quando é necessário e do esforço para que isso aconteça.

O fato é que resolvi em poucos minutos o que por meses estava me bloqueando – alterei o nome do blog, que desde 2007 era a “Minha Inquieta Mente”. O meu cantinho continua com todos os momentos e assuntos que deixam minha mente inquieta, mas agora mostrará também “algo IN mind” e tudo aquilo que (SIM) eu me importo.

Vida longa ao (algo) IN Mind!!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Imagem x Palavra: Marley e Bruna


Imagem versus palavra. Foi esse o dilema em que eu me encontrava durante o filme Marley e Eu. O livro ainda estava fresco em minha mente e a vontade de ver tudo aquilo que tinha acabado de ler era grande.

Comecei errado, porque concordei em assistir uma versão péssima que parecia (e tenho quase certeza) que foi gravada dentro do cinema. A preguiça era grande então o mais fácil foi aceitar a opção oferecida pela minha irmã. Bom, achei que encaixou muito bem o papel da esposa para Jennifer Aniston, doce e meiga, mas o papel de John, o dono do Marley, eu não gostei. Acredito que seja pelo fato dele ser referência em filmes comédias, não tão legais...

Superada a parte do elenco – Marley foi aprovado -, eu comecei a esperar pela confusão causada pelo personagem principal. Ai que o bicho pegou. Eu sei que é necessária uma adaptação, mas vamos lá pessoal, causos deliciosos de serem lidos não foram nem citados. Situações tristes não foram bem exploradas. Enfim, me decepcionei. Não consegui nem acabar de assistir o filme.

O duelo do início do post teve um vencedor, como perceberam... Isso até poderia render um post sobre os NOVOS jornalistas, mas acho que não valerá a pena no meu momento. Fica para um dia mais cinza, mas não necessariamente triste!