"Que nas torturas toda carne se trai / E normalmente, comumente, fatalmente, felizmente / Displicentemente o nervo se contrai"
Quem conhece essa e outras composições de Zé Ramalho sabe o quanto o cara é bom, mas para quem não conhece, acima está um trecho da música Vila do Sossego, e que é muito boa.
A primeira parte onde diz “que nas torturas toda carne se trai” me instiga muito e sempre me faz pensar: quanto a nossa carne resiste?
Quando digo resistir não falo apenas em tentações, mas também em confiança, dedicação e respeito, assim como amigos que traem um ao outro, casais que se perdem em diferentes rumos e pessoas que se dedicam ao lado negro da vida (não busque muita explicação para isso, e não explicarei para que não fique muito longo).
Penso sobre as pessoas que podemos (e terei a liberdade de) chamá-las de fracas que no momento crucial dão um passo para trás, deixam o medo, a insegurança e a indecisão tomar conta e se entregam aos sentimentos covardes. E como Zé continua: “E normalmente, comumente, fatalmente, felizmente / Displicentemente o nervo se contrai".
Muito provável que um dia certamente as situações que deveriam estar na página virada retornam para o futuro próximo e isso por muitas e muitas vezes. Creio eu que é essa a hora que algumas delas resolvem enfrentar e percebem ali sua força, sua capacidade de enfrentar situações que até então evitava.
Vivo cada dia com a certeza de que, em cada página da minha vida, terei condições plenas de enfrentar o momento por mais difícil que possa parecer – isso não significa uma vida sem sofrimentos, sem dificuldades e sim, mais força após a tormenta.
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